Enfim de volta,
Na arena dos sentimentos
Sem mais trabalho a me ocupar
Descansado, sinto reavivar
A veia de toque
Da alma escondida
Preservando o encanto
Sob o manto
Da burocracia
Luta e paixão
Vão muito mais alem
Fazem sentido à rotina
Encorajam olhares
Bebidas
Destilam sabor ao papel insosso
Temperam docemente
O roer do osso
É nele que me resta
Apenas uma pergunta
Sou eu, desadaptado
Que sofro na junta
Ou ele, trabalho
Que pra qualquer que seja
Cultua o ego,
Atrai a inveja
Mas nunca põe a mesa
Mesa farta da loucura
Cálices de liberdade
Nada disso entra
No portal repartido,
Da repartição enfardada
Se me resta uma linha
Um dizer final
Apenas registro aqui,
um pequeno sinal
De que sentido publico
Toda vida tem
Só que naqueles prédios
Para alem dos assédios
Mesmo que muitos façam mal
Ainda se pode: fazer o bem.