Se eu pudesse controlar o touro do desejo,
virava promotor de rodeio.
Participava das provas de qualificação
e acho que ainda levava o prêmio
Mas não, não nasci com esse dom.
Vivo a loucura dos incautos.
Pago o preço das inscrições nas filas da culpa
e me desculpo dos feridos com marcas
da minha própria carne
Desfaço paixões sem intenção.
Sem o controle desejado,
passo por demolições constantes.
E mesmo sem querer ser assim, inconstante,
sigo a sina de brigar, ao menos, pela esperança
de encontrar algum fim de linha antes da morte
que me faça, como os outros, feliz
Não sou indigno de viver o que não sinto.
Não me sinto covarde de enfrentar minhas verdades.
Busco um ponto em que meu respeito, vindo de fora,
reflita o respeito mesmo que busco de mim
Vilão, herói ou salvador, pouca importa.
Volto à arena do rodeio, sem chapéu.
Sem aplausos – não os quero,
muitas vezes vejo a arquibancada vazia
e o próprio terreno me deixa em pé, só.
Sem ter no que montar – desejo ausente,
alguma emoção me contenta.
Ao menos a espera do próximo
que eu observo: venha ao meu encontro!
Que venha querendo encontrar.
Platéia, touros, vaqueiros,
Quando posso, entrego meu coração
Sem rodeios
Oi, esse poema reflete o momento que estou vivendo,quando posso,entrego meu coracao literalmente sem rodeios,o amor ,é para os fortes!Não vivo meias verdades, vivo o que sinto.