Do velho novo

 

 

As casas, as montanhas,

Essas arvores que passam,

Verde no verão que chega a ser calor

 

O caminho, a França

Da Alemanha vivida,

Cada fato encaixado

Na mala apertada

 

Dois brasileiros, jogam futebol

Dois francês, ouvem charme americano

E outro francês levanta, e diz

Isso é musica?

Mas apenas a passagem era que tinham que comprar

 

A cerveja foi gelada, a direção aponta o vinho

O cigarro será o mesmo, que até poderia estar aqui

 

Esses campos todos cultivados,

Essas estradas, sem buraco,

(mesmo assim deu transito, caos mundial)

Acaba o tempo da casa-carro

Pro tempo do carro pra casa

 

As fronteiras ainda não apareceram

Apenas o ronco que começa a subir

A musica segue

Sonora sem afinidade com a paisagem

Mas sempre lembrando o visto,

Ou a diversidade

 

A copa, experiencia distinta

Juntou muita gente inútil de muito lugar

Tem os inúteis que são necessários, validos, vivos

E aqueles mortos, porque matam os outros,

Ou ficam apenas se matando

 

O colorido desse verão é historia

É o trem que passa ao lado, rápido que nem se vê

Mas ainda tem muito espaço

Pra frente e pro lado

Do alemão ao francês

 

E eu, brasileiro, continuo sentado

Deleitado com prazer da pura descoberta!

É tanta coisa velha nova que não da nem pra dizer

Leave a comment